Dani Sordo vence e sagra-se campeão

Ao vencer, na tarde deste sábado, o Rali Vidreiro Centro de Portugal, última e decisiva prova do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR),  Dani Sordo (Hyundai i20 N Rally2) sagrou-se campeão, depois de um duelo impróprio para cardíacos travado com Kris Meeke (Toyota GR Yaris Rally2) e cuja diferença final acabou em… 0.8 segundos. Entre Sordo e Meeke, quem terminasse o rali na frente era campeão e o espanhol da Hyundai acabaria por não dar hipóteses, ainda que por décimos, ao rival britânico, impedindo-o de conquistar o bicampeonato. Armindo Araújo (Skoda Fabia RS Rally2), o piloto português mais rápido e regular ao longo da época, e que era o terceiro candidato, nunca se rendeu, pressionando a concorrência até onde lhe foi possível.

Esta oitava prova do CPR terá sido uma das mais competitivas de sempre na história do campeonato, tendo Sordo e Meeke como protagonistas, já que Araújo, ao enganar-se no percurso da “especial” noturna de Pombal, ficou mais distante da discussão do CPR. O espanhol da Hyundai subiu à liderança na primeira classificativa e aí se “aguentou” até ao fim, chegando a sua vantagem mínima a ser de 0.6s, exatamente a cifra com que partiu para a derradeira classificativa (11,1 km), na qual foi mais rápido que Meeke por 0.2, selando a conquista do título de campeão. O britânico não deu tréguas ao seu rival e amigo, sendo um digno vice-campeão. Quanto a Armindo Araújo, se a sua missão era bastante complicada face aos dois ex-mundialistas, a verdade é que o Rali Vidreiro voltou a não lhe correr bem e depois do lapso na noite de sexta-feira, um “pião” no terceiro troço nesta segunda etapa fê-lo perder mais de uma dezena de segundos, penalizando-o no objetivo de concluir o rali no pódio e no lugar de melhor português, como sucedeu em boa parte da época.

Quem aproveitou, mas também fez por sobressair, foi o jovem Gonçalo Henriques (Hyundai i20 N Rally2), piloto do Hyundai Júnior Team FPAK, que protagonizou uma exibição “de luxo” – repetindo o sucesso alcançado no Algarve –, mesmo que estivesse a disputar o seu primeiro rali de asfalto ao volante de um Rally2. Intrometeu-se na luta pela quarta posição com Ricardo Teodósio (Toyota GR Rally2) e José Pedro Fontes (Citroen C3 Rally2), para depois acabar no pódio, encerrando a época com chave de ouro.

Henrique Moniz (Peugeot 208 Rally4) conquistou a sua primeira vitória no CPR 2RM, conquistada face ao líder do campeonato, Ricardo Sousa (Peugeot 208 Rally4), depois de um animado despique em que também foi interveniente ativo Guilherme Meireles (Peugeot 208 Rally4). Este último liderou da segunda até à sétima classificativa, a Arena de Pombal, onde não evitou um “toque” que ditou a desistência. Sousa concluiu na segunda posição, destacado de Pedro Silva (Peugeot 208 Rally4), o primeiro líder, com Rafael Cardeira (Peugeot 208 Rally4) e Luís Caetano (Renault Clio Rally4) nos lugares seguintes.

Francisco Fontes estreou-se a ganhar (5º rali da sua carreira) no FPAK Júnior Team (FJT) com o Lancia Lancia Ypsilon Rally6, ao bater Luís Mendes (Peugeot 208 Rally6) por mais de um minuto. Depois de perder 2m58s, na sequência de um furo ainda na primeira etapa, Pedro Câmara (Peugeot 208 Rally6), líder do FJT, conseguiu recuperar uma posição para terminar em quarto.

No Masters de Ralis vitória para Pedro Meireles e Mário Castro (Skofa Fabia Rs Rally2). Adruzilo Lopes e Victor Hugo (Mitsubishi Evo Ix) venceram o Promo. Pedro Gastão e Marco Macedo o Júnior de Ralis. Na Taça de Portugal de GT Ralis, Hugo Lopes e Magda Oliveira ganharam na estreia com o Porsche 991 GT3 Cup.